A presidente do CDS confia nas capacidades de Paulo Macedo para presidir à administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas defende que o mais importante é capitalizar o banco.
No final de um jantar que reuniu mais de 600 militantes do partido na Feira, Assunção Cristas recordou que a crítica do CDS ao processo da CGD "nunca teve a ver com o nome A ou B", mas sim "com a forma como as coisas foram conduzidas", nomeadamente no que se refere à dificuldade do Governo em esclarecer certas dúvidas levantadas pela oposição.
"O CDS sempre defendeu uma CGD 100% pública, com uma missão clara de apoiar as empresas portuguesas e pôr o nosso tecido empresarial a crescer, e eu estou certa de que, tendo condições para isso, o dr. Paulo Macedo levará a missão por diante", declarou a líder dos populares.
Lembrando que sempre desejou "as melhores venturas" ao novo presidente do banco, independentemente de quem esse fosse, Assunção Cristas acrescentou depois que, no caso de Paulo Macedo, tem condições para avaliar melhor adequação ao cargo. "Fomos colegas de Governo e tenho a melhor impressão pessoal e profissional do dr. Paulo Macedo", afirmou.
Quanto à tarefa que o ex-ministro da Saúde no Governo de Passos Coelho tem agora em mãos, a presidente do CDS realça: "O mais importante é que a CGD seja capitalizada, para ser um parceiro relevante e activo no desenvolvimento económico do nosso país, com uma missão muito clara de apoio às pequenas e médias empresas".
Assunção Cristas admite, contudo, que várias questões continuam por esclarecer no que concerne à estratégia com que o Governo pretende concretizar esse objectivo e, a esse nível, garante que o CDS insistirá no esclarecimento das suas dúvidas.
"Continuaremos a aguardar resposta às perguntas que fizemos, inclusivamente por escrito", avisou. "Neste momento, a questão está aparentemente resolvida, mas o CDS continuará a cumprir o seu papel de fiscalizar e escrutinar toda a acção do Governo e também o trabalho na CGD", concluiu.