O presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) afirmou esta segunda-feira que há situações no país em que o reporte de ocorrências é de 100% e outras em que é quase nulo.
"Poderei dizer, sem estar a tipificar, porque não pretendo entrar em guerra de números. Temos situações em que o reporte é a 100% e temos uma ou outra situação que o reporte é quase nulo. Portanto, temos situações díspares nos vários distritos", afirmou Mourato Nunes.
Este responsável que falava aos jornalistas na Serra da Estrela, no distrito de Castelo Branco, onde foi apresentado o Plano Nacional Operacional local, realçou que não entrará em nenhuma guerra de números.
"Dos dados disponíveis relativamente a ocorrências que habitualmente vamos tendo, poderemos dizer que teremos 50% menos reportadas do que habitualmente", sustentou.
O presidente da ANPC explicou que quando se faz esta apreciação numérica dentro da autoridade, não é feita para analisar os tipos de comportamentos de associações ou de corpos de bombeiros.
"Estamos a fazê-la, não para analisar tipos de comportamentos de associações ou de corpos de bombeiros, estamos apenas preocupados com o todo nacional, em termos da capacidade de resposta a eventuais problemas de proteção civil", concluiu.
Para contestar a reforma da Proteção civil aprovada pelo governo, o Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses decidiu suspender todo o encaminhamento de informação operacional aos Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) desde as 00h00 de domingo.
Segurança dos portugueses está garantida
Mourato Nunes garante que, neste momento, está completamente garantida a segurança dos portugueses e adiantou que num cenário critico não tem dúvidas que todos estarão presentes.
"Esse aspeto tem que ser inequívoco. A proteção da população está garantida e está assegurada. O presidente da ANPC assume que neste momento está completamente garantida a segurança dos portugueses", afirmou.
O presidente da ANPC explicou que não pode fazer comentários do ponto de vista político e que não tem acompanhado o diálogo entre o Ministério da Administração Interna e a Liga dos Bombeiros Portugueses.
"Não me vou pronunciar porque não estou presente nem conheço. Aquilo que posso pronunciar-me é sobre o posicionamento da ANP. Nós trabalhamos com os agentes da proteção civil, os bombeiros são agentes da proteção civil. Têm direitos e tem deveres. Têm direitos que têm que ser respeitados e têm deveres de cidadania para com os cidadãos que têm que defender. Portanto, continuo a contar com os bombeiros como até aqui", frisou.