O PS e o Livre chegaram a acordo para concorrerem coligados à Câmara Municipal de Lisboa, nas eleições autárquicas, que contempla a integração de Rui Tavares no futuro executivo como vereador da Cultura, Ciência, Conhecimento e Direitos Humanos.
"O Livre e o PS chegaram a acordo na cidade de Lisboa, formam a coligação "Mais Lisboa" e assinaram um acordo chamado "Novo Pacto Verde", confirmou hoje à agência Lusa o porta-voz do Grupo de Contacto do Livre, Pedro Mendonça.
A notícia de que Rui Tavares, vencedor das primárias do Livre para concorrer à autarquia da capital, vai fazer parte da lista do socialista Fernando Medina nas eleições autárquicas de 26 de setembro foi avançada este domingo pelo Público.
À agência Lusa, Pedro Mendonça disse que "o Livre está convicto de que a vereação" negociada com o PS "e que é a Cultura, Ciência, Desenvolvimento e Direitos Humanos, será uma boa vereação" para a cidade e também para Portugal, uma vez que "Lisboa irradia para o país".
"Trata-se de um único pelouro, que ficará com Rui Tavares", acrescentou.
O acordo surgiu depois de "meses de negociações" e resulta de um "encontro de vontade para que Lisboa não ande para trás" e para combater desafios do futuro, como, por exemplo, as alterações climáticas -- uma das principais causadas defendidas pelo Livre há vários anos.
Pedro Mendonça recordou que o Livre não está a pisar um terreno desconhecido: "Há quatro anos integramos as listas do PS, através de um acordo, não de uma coligação formal, portanto, trabalhamos em algumas áreas com o PS de há quatro anos para cá".
A campanha vai ser feita lado a lado entre atual presidente da autarquia, Fernando Medina, e historiador e membro fundador do Livre, Rui Tavares. O propósito vai ser mostrar que a "convergência de progressistas e a convergência à esquerda" são o que "o país necessita".
A Câmara de Lisboa é atualmente composta por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é Muita Gente), um do BE (que tem um acordo de governação do concelho com os socialistas), quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.