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A Ucrânia está aberta a discutir a exigência de neutralidade da Rússia, desde que receba garantias de segurança. E não entrega um "único centímetro" de território, afirmou um importante assessor do Presidente Volodymyr Zelensky para a política externa.
“Certamente, estamos prontos para uma solução diplomática”, afirmou Ihor Zhovkva numa entrevista à televisão Bloomberg, na quarta-feira.
O vice-chefe do gabinete de Zelensky reforçou, por outro lado, a exigência ucraniana de garantias de segurança “dos EUA, da Grã-Bretanha, da Alemanha” e outros – “apenas as garantias de segurança da Rússia não serão suficientes”, sublinhou, embora se tenha recusado a detalhar que medidas estariam em causa.
Numa entrevista ao canal televisivo alemão ARD, divulgada na terça-feira à noite e citada pela agência ucraniana Ukrinform, Zhovkva garantiu que a Ucrânia não vai concordar com “ultimatos inaceitáveis”, mas adiantou que “o resto pode ser discutido, como, por exemplo, o que é que significaria um possível estatuto neutral da Ucrânia”.
Kiev dá, assim, conta de alguma disponibilidade para, à mesa das negociações ao mais alto nível, ouvir o que Moscovo entende por “estatuto neutral”.
Nesta quarta-feira, a porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros voltou a sublinhar o objetivo da ofensiva: garantir que a Ucrânia terá um estatuto neutro.
Numa conferência de imprensa internacional, Maria Zakharova admitiu já terem sido feitos “alguns progressos” nas negociações com a Ucrânia, que seguem para uma quarta ronda (ainda sem data anunciada).