A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 8,7% em junho, acima dos 8,0% do mês anterior e o valor mais alto em 30 anos, confirma o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 8,7% em junho de 2022, taxa superior em 0,7 pontos percentuais à observada no mês anterior e a mais elevada desde dezembro de 1992”, informou o INE, confirmando assim os valores que tinha avançado na estimativa rápida divulgada em 30 de junho.
O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) também acelerou, registando uma variação homóloga de 6,0%, taxa superior em 0,4 pontos percentuais à registada em maio de 2022 e “o valor mais elevado registado desde junho de 1994”.
Rendas das casas sobem 2,7%
As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 2,7% em junho face ao mesmo mês de 2021, acelerando face aos 2,6% de maio e com todas as regiões a apresentarem crescimentos homólogos.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em junho "todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo o Algarve e Lisboa (ambos com 2,9%) registado os aumentos mais intensos".
Quanto ao valor médio das rendas de habitação por metro quadrado, registou uma subida mensal de 0,2%, abaixo dos 0,3% do mês anterior.
As regiões com a variação mensal positiva mais elevada foram o Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve e Açores, todas com taxas de 0,2%, não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respetivo valor médio das rendas de habitação