Num país onde a abstenção esmaga os resultados eleitorais é preciso ensinar a Democracia aos mais novos. Para tal foi criado um “Erasmus Campus” que se anuncia como o “Bootcamp da Democracia”
Esta escola de verão gratuita vai decorrer na Vila de Marvão, de 14 a 17 de setembro. As candidaturas estão abertas até 15 de maio e destinam-se a jovens nacionais e lusodescendentes dos 16 aos 26 anos.
“Este fórum de discussão e formação é apartidário e vai focar-se em capacitar os participantes para uma cidadania ativa”, indica esta quinta-feira, em comunicado a Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril de 1974.
Organizada por esta comissão, em conjunto com a Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação, a escola de verão conta com o apoio da Câmara Municipal de Marvão e do Instituto Politécnico de Portalegre.l.
De acordo com a comissária da celebração de meio século da Revolução de Abril, a historiadora Maria Inácia Rezola, os 50 anos do 25 de Abril são uma data da qual querem “tirar partido para afirmar uma sociedade mais conhecedora da sua História recente e mais participativa, plural e livre”.
Rezola acrescenta que “envolver os jovens nestas Comemorações é essencial para que possamos cumprir esse objetivo”. Também a diretora da Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação considera que esta primeira edição da Escola de Verão tem o objetivo de “capacitar os jovens para uma cidadania ativa”.
Ana Perdigão explica que “durante quatro dias” vão “aliando sessões teóricas a sessões práticas” com o intuito de “motivar os participantes a refletir e a debater sobre Democracia, com o contributo de oradores de alto nível, e de diversas áreas”.
No mesmo comunicado pode ler-se que “toda a organização e despesas de alojamento, alimentação e transporte fica a cargo das entidades organizadoras”. As candidaturas podem ser feitas através da internet. “É necessário preencher um formulário, carregar um currículo e um vídeo de motivação com a duração máxima de dois minutos”.
Os candidatos serão depois avaliados por um júri para que a seleção dos candidatos consiga “garantir a diversidade etária, de género e geográfica”, indica a Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abri