Foi mais uma manhã difícil para os utentes dos barcos da SOFLUSA entre o Barreiro e Lisboa. Depois da supressão de algumas ligações os utentes não contiveram a revolta e chegaram a ser provocados danos nas portas de acesso aos barcos.
A reportagem da Renascença no local relata que, depois de mais de uma hora sem barcos, devido a novas supressões, uma embarcação aproximou-se, mas foi embora sem levar passageiros, provocando um ambiente de revolta no terminal.
Desde o dia 10 de maio que as ligações fluviais entre Barreiro e Lisboa têm registado várias perturbações devido à falta de mestres, situação que se mantém no dia de hoje, com várias carreiras a serem suprimidas.
O cenário piorou com a paralisação parcial de dois dias, que ocorreu no final da semana passada, e com a greve às horas extraordinárias, que se iniciou no dia 23 de maio e se deve prolongar até ao final do ano.
Está já prevista uma nova paralisação parcial, de três horas por turno, entre 3 e 7 de junho, que deve afetar as horas de ponta da manhã e tarde.
O Governo, no entanto, não vê razões para a continuidada da paralisação, depois de o Ministério do Ambiente ter acordado com a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) a contratação de 10 novos mestres para Soflusa – mais do que os seis pedidos pelos sindicatos.