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As buscas na barragem do Arade, no Algarve, no âmbito do caso Maddie McCann terminaram esta quinta-feira e o “material recolhido será entregue às autoridades alemãs”, avança a Polícia Judiciária (PJ).
"A Polícia Judiciária informa que foram dadas como cumpridas as diligências solicitadas pelas autoridades alemãs, através de um pedido de cooperação internacional, de que resultou a recolha de algum material que irá ser sujeito às competentes perícias", indica aquela força de segurança, em comunicado.
A PJ refere que "salvaguardados que foram os interesses da investigação ainda em curso em Portugal, o material recolhido será entregue às autoridades alemãs, de acordo com as regras da cooperação judiciária internacional".
Os três dias de buscas na barragem do Arade decorreram sob coordenação da Polícia Judiciária, que envolveu investigadores, peritos de criminalística e pessoal da segurança.
Os trabalhos tiveram a participação das autoridades alemãs ( BKA) e contaram com a presença de autoridades britânicas (MPS).
As novas buscas decorreram numa zona frequentada pelo cidadão alemão Christiane Bruckner, considerado o principal suspeito do desaparecimento da menina britânica, em 2007.
Em declarações à Renascença, Gonçalo Amaral, o inspetor aposentado da Policia Judiciária, considera que o retomar das buscas serve para criar um bode expiatório que nada tem a ver com o caso e que já foi de resto avaliado pela polícia portuguesa.
Já a presidente da Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidasaponta “erros” à investigação da Polícia Judiciária (PJ) no caso do desaparecimento de Madeleine McCann. Em declarações à Renascença, Patrícia Cipriano aponta “falta de rigor” e erros flagrantes, “desde logo, na preservação da cena do crime”.