A Procuradoria-Geral da República (PGR) garante que foram emitidos os respectivos mandados de detenção para os três reclusos que fugiram de Caxias.
Em resposta à Renascença, a PGR garante que foram seguidos todos os procedimentos previstos na lei.
O esclarecimento surge depois de o jornal “Público” ter avançado, citando fonte próxima do processo, que um dos chilenos foi detido com documentação falsa. O outro recluso com a mesma nacionalidade também tinha sido detido, mas acabou libertado por inexistência de mandado de detenção.
A libertação deste segundo homem não foi confirmada nem pela PGR nem pelo Ministério da Justiça.
O terceiro fugitivo da prisão de Caxias é um luso-israelita e continua a monte.
Contactado pela Renascença, o responsável do Sindicato dos Guardas Prisionais, Jorge Alves, descreve a falta de condições que existe na cadeia de Caxias.
“As torres, na maior parte dos casos, não têm altura suficiente para garantir uma visibilidade periférica do espaço. Por isso, os guardas não conseguem ver o que possa estar a acontecer debaixo de si", afirma Jorge Alves.
"Os meios de videovigilância, não tendo manutenção, vão ficando cada vez mais obsoletos, acabando por deixar de funcionar. Sendo que é necessário pessoal para verificar as câmaras e não estar a fazer outro serviço, como acontece na maior parte dos estabelecimentos prisionais. Temos o problema das comunicações, muitas das torres não têm rádios”, denuncia o dirigente do Sindicato dos Guardas Prisionais.