Pedro Santana Lopes começa esta segunda-feira o processo de recolha de assinaturas para formar o seu novo partido: Aliança. Em entrevista à Renascença, diz que pretende unir e cativar eleitores que têm optado pela abstenção.
“É uma força política que quer construir, quer unir; que aparece para contribuir para proporcionar soluções de Governo” e “espero que vamos buscar a abstenção”, afirma.
O antigo primeiro-ministro e líder do PSD diz que tem recebido mensagens de várias pessoas que dizem que nunca votaram ou votaram poucas vezes porque não têm tenho gostado do que veem. “Gostava de falar consigo sobre esse novo partido”, escrevem.
“Isto é o que eu recebo mais”, garante. Mas o objetivo não é desencaminhar ninguém do seu antigo partido (PSD) nem do CDS.
“Eu não falei com ninguém antes de sair. Foi uma opção. Eu não convido ninguém, não telefono a ninguém, não desencaminho ninguém de outros partidos para vir para aqui. Se as pessoas querem vir, se me falam ou se me procuram é com elas”, afirma.
“Nós vamos disputar eleitores”, destaca ainda.
Quanto a prazos, Santana espera ter o partido a funcionar já em setembro, mal termine o processo de formação no Tribunal Constitucional, e pretende concorrer a todas as eleições.
“Mal seja diferido o processo, temos plena capacidade de intervenção e aí concorreremos a todas as eleições que sejam disputadas – em primeiro lugar, as europeias, depois as legislativas e regionais. Nas europeias, eu não serei cabeça de lista”, garante, mas “queremos contribuir com bons nomes dentro de um princípio: contribuir para a renovação”.
É nesse sentido que, em resumo, o grande objetivo de Santana Lopes no novo partido é ir buscar “pessoas com boas vidas profissionais, que nunca estiveram na vida política, mas que possam constituir fator de renovação e suscitem a confiança dos portugueses”.
Esta segunda-feira, começa a recolha de assinaturas para o novo partido. “Começa a estar online as páginas do site onde está a apresentação simples da Aliança e também as instruções sobre como se proceder para fazer a assinatura”, explica.
“É um partido que respeita aqueles que são os princípios e valores que integram a identidade nacional e que se quer bater por eles e que entende que, como força política, quando eles estiverem em votação – por exemplo, no Parlamento – deve intervir com disciplina de voto”, indica.
“É uma força política que dá importância cimeira, na vida portuguesa e na governação, àquilo que chamam o trinómio cultura/inovação-investigação/mar. A importância do mar também económica, mas não só; é uma força política que quer construir, quer unir; que aparece para contribuir para proporcionar soluções de Governo”, resume.
Para formalizar o novo partido são necessárias 7.500 assinaturas, que serão depois entregues no Tribunal Constitucional.