Pasteleiro volta a ser multado por não fazer bolo que celebra LGBT
19-06-2021 - 00:07
 • Filipe d'Avillez

Jack Phillips já tinha sido multado por não fazer um bolo que celebrava o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No dia em que foi absolvido pelo Supremo Tribunal, um ativista tentou encomendar um bolo para celebrar a sua “mudança de sexo”.

O pasteleiro americano Jack Phillips, que ficou famoso ao ter sido processado por se recusar a fazer um bolo com uma mensagem a celebrar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, voltou a ser multado, agora por ter recusado fazer um bolo a celebrar a “mudança de sexo” de um ativista.

No caso do bolo de casamento, o pasteleiro foi perdendo vários recursos até que o Supremo Tribunal dos Estados Unidos lhe deu razão, concluindo que o Estado do Colorado estava a persegui-lo por causa das suas convicções religiosas.

Phillips sempre disse que não tinha qualquer problema em servir clientes homossexuais, mas que devido às suas convicções não podia, em consciência, fazer um bolo que celebrasse um casamento entre pessoas do mesmo sexo.

No mesmo dia em que saiu a sentença do Supremo Tribunal, um advogado e ativista transgénero telefonou para a pastelaria de Phillips para encomendar um bolo que celebrasse a sua “mudança de sexo”.

O advogado Scardina, queria um bolo azul por fora e cor-de-rosa por dentro para celebrar a sua “mudança” de homem para mulher.

Na sentença do tribunal de primeira instância o juiz concluiu que a encomenda de Scardina não era uma “cilada” e que o facto de Phillips ter dito que não acreditava que fosse possível uma pessoa mudar de sexo revelava preconceito da sua parte. Aplicou-lhe uma multa de 500 dólares.

“Ativistas radicais e funcionários governamentais estão a perseguir artistas como o Jack porque eles se recusam a promover mensagens sobre o casamento e a sexualidade que violam as suas convicções mais caras”, afirmou a advogada de Phillips, Kristen Waggoner.

O mais provável é que também este caso acabe por chegar ao Supremo Tribunal, que tem um forte historial de apoio à liberdade religiosa e que ainda na quinta-feira deu razão, por unanimidade, a uma agência de adoção católica que se recusa a entregar crianças a casais do mesmo sexo.