Habitação. "Por que não isentam de IMT os jovens que compram casa?"
27-07-2023 - 13:20
 • André Rodrigues , Teresa Paula Costa

João Duque comenta conclusões do estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre habitação, que defende que os subsídios de apoio à habitação devem estar focados no arrendamento e que os proprietários devem ser apoiados para responder aos aumentos das taxas de juros.

O comentador da Renascença João Duque defende a concessão de incentivos ao arrendamento e compra de casa por parte de jovens para facilitar o acesso à habitação e fixar os recém-licenciados em Portugal.

“Nós podemos incentivar imenso, nomeadamente o aluguer das casas, o arrendamento das casas, facilitando, não por imposição, não obrigando, mas estimulando positivamente”, referiu o comentador, dando o exemplo dos certificados de aforro, cuja procura aumentou bastante depois da atribuição de incentivos.

João Duque sugere que “quem arrendar casa tem um benefício enorme, em termos de IRS, quem comprar casa não é penalizado”. Por outro lado, questiona “por que é que não isentam de IMT os jovens que compram casa na totalidade? Ou então, são reembolsados em termos de IRS? Queremos que as pessoas, os portugueses que pagam IRS, queremos facilitar-lhes a vida? Então, façam um abatimento total em sede de IRS daquilo que pagam em IMT”.

João Duque comentava as conclusões do estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre a habitação, que defende que os subsídios de apoio à habitação devem agora estar mais focados no arrendamento e, no caso dos proprietários, eles devem ser apoiados para responder aos aumentos das taxas de juros.

O comentador d’As Três da Manhã concorda com as sugestões, porque “as novas gerações é que têm muita dificuldade em entrar com o rendimento que têm e que estão desproporcionados, mesmo saindo de universidades boas, com bons cursos”. Por isso “tudo o que seja ajuda, particularmente dirigida aos jovens, é absolutamente fundamental”, até “para os reter, reter esse talento que é educado em Portugal e que não consegue, com o rendimento que tem, viver em Portugal”.

“Nós temos muito mais famílias que são proprietárias de imóveis que já estão na chamada terceira geração, já estão na fase de aposentação, que são proprietários de imóveis que podem alienar e, que com isso, podem fazer face a vários destinos”, adiantou o economista.