O despedimento coletivo na TAP vai abranger 82 trabalhadores, abaixo dos 124 previstos, após a adesão às medidas de rescisão voluntária, disse fonte oficial da empresa à Lusa, esta terça-feira.
"A TAP confirma que são 82 os trabalhadores abrangidos pelo despedimento coletivo", disse fonte oficial da companhia aérea, confirmando que o número diminui na sequência da adesão dos restantes 42 colaboradores às medidas de rescisão voluntária.
A companhia aérea iniciou em 26 de julho um processo de despedimento coletivo de 124 trabalhadores, que abrange 35 pilotos, 28 tripulantes de cabina, 38 trabalhadores da manutenção e engenharia e 23 funcionários da sede.
Na quinta-feira, o Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (Sitema) interpôs uma providência cautelar para suspender o despedimento coletivo de trabalhadores da TAP seus associados, que deu entrada no Juízo do Trabalho de Loures, a 2 de agosto.
"O Sitema - Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves - avança para a primeira fase da disputa judicial com a TAP, através da interposição de uma providência cautelar que visa a suspensão de despedimento coletivo dos associados do Sitema", informou, na altura, a estrutura sindical, em comunicado.
Em 27 de julho várias estruturas sindicais que representam os trabalhadores da TAP já tinham anunciado que iam avançar com ações legais para travar o despedimento coletivo.
"Até agora houve conversa, a partir de agora as conversas vão fazer-se nos tribunais. Também da parte do Sitava vamos, obviamente, contestar o despedimento de forma coletiva e impugnaremos individualmente os despedimentos de todos aqueles que quiserem impugná-los nos tribunais", disse, na ocasião, aos jornalistas o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), José Sousa.