Bial trabalha "incansavelmente" para perceber o que se passou
18-01-2016 - 07:21

Presidente executivo da farmacêutica diz estar "profundamente chocado" com o caso.

O presidente executivo da Bial, António Portela, diz estar "profundamente chocado" com a morte de um voluntário que participou num ensaio clínico da farmacêutica, em França, garantindo que a empresa está a trabalhar "incansavelmente" para perceber as razões do sucedido.

"Quero, em meu nome pessoal e em nome de Bial, expressar as nossas profundas condolências e sentimentos para com família do voluntário que faleceu após ter participado no ensaio de Fase 1, com a nossa molécula experimental", disse António Portela à agência Lusa, declarando que os responsáveis da empresa estão "profundamente chocados com esta situação".

O presidente executivo da farmacêutica adiantou que equipas da Bial estão em França e em Portugal a "trabalhar incansavelmente para perceber as causas deste trágico acidente", assim como "garantir que os restantes voluntários que se encontram hospitalizados possam recuperar totalmente".

Portela afirmou que são muitas as dúvidas neste momento que ainda não têm resposta e que é para isso que as equipas estão a trabalhar.

Um dos voluntários que participou num ensaio de medicamentos conduzido por um laboratório privado em França para a Bial morreu no domingo. Este paciente, que estava internado no hospital de Rennes, já estava há alguns dias em estado de morte cerebral.

Na semana passada, seis voluntários, entre os 28 e os 49 anos,foram hospitalizados depois de terem participado no ensaio clínico de Fase 1 para a Bial, que testava uma nova molécula com atuação a nível do sistema nervoso central, com efeitos provavelmente como analgésico ou a nível de alterações de humor.

Inicialmente, foi dito que o composto sintetizado quimicamente teria uma substância que resulta da cannabis, informação que foi entretanto desmentida.

De acordo com as informações recolhidas pela Lusa, a substância que estava a ser testada já era estudada desde há oito anos, tendo passado pelas fases de laboratório e testes de toxicologia em animais, até chegar à experimentação em seres humanos. .