O navio com gás natural liquefeito vindo da Rússia já atracou no porto de Sines. Só falta saber se a carga que traz vai ou não ser descarregada.
A denúncia é feita pela associação O Climáximo, que exige a rejeição do carregamento, por parte das autoridades portuguesas, sobretudo numa altura de guerra no Leste europeu.
Segundo Sinan Eden, do Climáximo, "há um caso, no Reino Unido, de um barco que chegou e lhe foi recusada a entrada num porto. Portanto, existem este tipo de exemplos neste momento a acontecer, mesmo que o barco tenha saído antes da invasão começar. É possível recusar, porque as sanções funcionam dessa forma. As autoridades portuguesas não deviam ter deixado entrar o barco".
É, por isso, urgente, esclarece este ambientalista, que o Governo português e o porto de Sines tenham um plano de transição no setor energético o mais rápido possível. “Como o Governo português ainda não tem nenhum plano de transição justa, que prevê o encerramento das centrais a gás. É preciso uma transição justa e rápida para o porto de Sines.”
O terminal de gás natural liquefeito em Sines recebe mais de 90% do gás que entra em Portugal.
Aproximadamente 10% do gás que Portugal recebe provém da Rússia.
Neste caso, o carregamento de GNL pertence à francesa TotalEnergies que, juntamente com a russa Novatek, processa gás fóssil do Ártico russo.