O protesto na Faculdade de Ciências da Univerdade do Porto contra a manutenção da academia com Israel foi desmobilizado esta terça-feira, depois de cinco dias de ocupação.
Os manifestantes que ocupavam o edifício estão a sair do local depois de uma intervenção da PSP. A desmobilização decorre sem incidentes.
No interior da faculdade, nomeadamente nos corredores, escadas e em pelo menos uma das salas, mantinham-se cerca de 25 estudantes, num cenário que, esta segunda-feira, impossibilitou o normal decurso das aulas.
À Renascença, o estudante Tomás Néria afirma que o protesto correu de forma pacífica e sem incidentes.
"Com o correr das horas, tivemos a noite toda às claras. A polícia esperou pelas sete da manhã, que começasse a chover, que as condições estivessem reunidas para que fossemos forçados a sair daqui", relata.
O ativista diz que o protesto desmobilizou para evitar confrontos com as forças de segurança e "manchar a imagem" de um protesto pacífico.
"Consideramos que há, acima de tudo, uma visão belicista e antidemocrática da Faculdade e da Universidade do Porto. Não negociando, não abrindo canais, mas chamando a polícia para intervir sobre estudantes", critica, ainda.
O protesto teve o primeiro momento em oito de maio, quando cerca de meia centena de estudantes exigiram diante da reitoria da UP o corte de relações entre a academia e o Estado de Israel.
A ação faz parte da luta internacional de protesto estudantil que se iniciou em universidades norte-americanas e já se estendeu a instituições de ensino superior em várias cidades europeias, do Canadá, México e até Austrália, a exigir o fim da ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
[Atualizada às 09h30]