“Há uma expetativa muito grande” sobre as medidas de apoios às famílias que o Governo vai anunciar, afirma o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
O executivo de António Costa vai anunciar na segunda-feira um pacote de emergência para ajudar as famílias a enfrentar a escalada dos preços.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que não conhece as medidas do Governo, mas considera que há grande expetativa e é preciso atuar rapidamente.
“Ninguém conhece exatamente as medidas. Eu também não, o senhor primeiro-ministro está em Moçambique, mas há uma expetativa muito elevada", declarou o chefe de Estado.
O Presidente diz que Governo e oposição estão de acordo na necessidade de apoios a famílias e empresas, embora com abordagens diferentes, e espera que as medidas vigorem "pelo menos até ao final do ano".
De acordo com o "Jornal de Negócios", no pacote de medidas do Governo está um aumento extraordinário das pensões para combater a subida dos preços.
Além da inflação, outra questão que centra as preocupações dos portugueses é a Saúde, assinala Marcelo Rebelo de Sousa, que desafia o Governo a executar as verbas inscritas no Orçamento do Estado.
“Na Saúde, avançar em diplomas fundamentais para pôr de pé a máquina do SNS, revisto e ajustado, e por outro lado a atenção de partidos da oposição ao facto de haver dinheiro neste Orçamento do Estado no domínio da Saúde que ainda não foi gasto e que pode ser gasto até ao fim do ano”, declarou o Presidente, no dia em que o jornal "Expresso" noticiou que o investimento na Saúde está a cair 33%.
Além do reforço financeiro, Marcelo Rebelo de Sousa encara com expetativa a reforma do Sistema Nacional de Saúde (SNS).
“Também é positivo que no setor da Saúde estar anunciado um conjunto de diplomas para regulamentar o Estado do Serviço Nacional de Saúde, esperemos provavelmente na quinta-feira que vem ou na outra semana. E ao mesmo tempo haver na oposição uma atenção muito grande ao gasto do dinheiro previsto no Orçamento deste ano relativamente à Saúde. São dois domínios que calam fundo nos portugueses", salientou.