O PS criticou o que classifica como "fanáticos" quem se opôs à lei da autodeterminação de identidade de género nas escolas, que vai a votação final esta sexta-feira.
O texto dos projetos-lei do PS, PAN e BE tem dividido opiniões e, esta terça-feira, um grupo de pais, professores, diretores e psicólogos considerou que “é abusiva e perigosa, para a qual ninguém mandatou ninguém e não estava no programa de nenhum partido”.
Esta quinta-feira, o líder da bancada parlamentar do PS esclarece que a proposta "não diz em parte alguma" qualquer menção a casas de banho nem balneários mistos.
"Trata-se de garantir que jovens e crianças têm o enquadramento adequado no espaço escolar. A sociedade não pode ir atrás de alguns fanáticos que usam a mentira como forma de fazer política", apontou.
Eurico Brilhante Dias defende, ainda, que é preciso olhar para o tema "com a seridade necessária", visto que estamos a falar de famílias e cidadãos "que precisam de um tratamento especial e serem consideradas sem ferir os direitos de outros".
O líder da bancada socialista assegurou, igualmente, que o partido vai votar favoravelmente a norma, "para garantir direitos dos mais frágeis".
Chamado a falar do caso das gémeas, Eurico Brilhante Dias afirma que o PS vai viabilizar apenas a audição do presidente do Infarmed no Parlamento, rejeitando a votande dos partidos que também querem ouvir Lacerda Sales e Marta Temido, sobre o caso.
"Não vamos, naturalmente, aceder aquilo que é a promoção da extensão de um circo para dentro da Assembleia da República. Vamos ouvir quem temos que ouvir e não vamos entrar numa lógica de degradação contínua das instituições", disse.