O ex-Presidente dos Estados Unidos foi indiciado esta segunda-feira, na Georgia, por conspiração para reverter ilegalmente a derrota nas eleições de 2020.
Este é o quarto processo criminal contra o antigo Presidente e o segundo em que é acusado de tentar subverter os resultados da votação.
A acusação de Trump pelo grande júri do condado de Fulton resulta de uma investigação de dois anos iniciada após um telefonema, de janeiro de 2021, em que o então Presidente sugeriu que o secretário de Estado republicano da Geórgia poderia ajudá-lo a "encontrar 11.780 votos" necessários para reverter a derrota para o democrata Joe Biden.
Outros 18 arguidos indiciados no mesmo processo incluem o ex-chefe de gabinete da Casa Branca Mark Meadows, o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, e um funcionário do Departamento de Justiça da administração Trump, Jeffrey Clark.
Eleito em 2016, Trump também é acusado, por um tribunal federal, de conspirar para alterar os resultados da eleição presidencial norte-americana de 2020 e manter-se no poder de forma ilegitíma, e de deter ilegalmente documentos classificados da Casa Branca.
A outra acusação, no estado de Nova Iorque, aborda 34 alegados crimes financeiros, levados a cabo para pagar o silêncio de uma atriz de filmes pornográficos no final da campanha eleitoral de 2016. O julgamento vai começar em março de 2024.
A acusação do condado de Fulton marca uma investigação de mais de dois anos às tentativas do ex-Presidente dos EUA para alterar os resultados das eleições no estado da Geórgia, que Joe Biden ganhou por uma pequena margem.
Trump - o principal candidato republicano à presidência em 2024 - continua a fazer campanha e a usar as sucessivas acusações para angariar fundos, apresentando-se como vítima de procuradores democratas.
[notícia atualizada às 9h00]