Os edifícios licenciados em Portugal ascenderam a 5,3 mil no terceiro trimestre deste ano, uma queda de 9,7% face a igual período do ano passado, revelou nesta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"No terceiro trimestre de 2023 foram licenciados 5,3 mil edifícios, representando diminuições de 9,7% em comparação com o terceiro trimestre de 2022 (-9,3% no segundo trimestre de 2023) e 11,4% em relação ao terceiro trimestre de 2019", esclarece o INE em comunicado.
Os edifícios licenciados para construções novas, por sua vez, diminuíram 10,6% em termos homólogos, tinham recuado 9,5% no segundo trimestre de 2023, e caíram 5,7% em relação ao terceiro trimestre de 2019, adianta.
O Instituto de Estatística refere ainda que o licenciamento para reabilitação de edifícios recuou 8,3% no terceiro trimestre, em termos homólogos, caiu 9,2% no segundo trimestre de 2023 e quebrou 26,8% na comparação com o terceiro trimestre de 2019.
Sobre os edifícios concluídos, o INE realça que diminuíram 1,2% no período em análise face ao trimestre de 2022 (-2,1% no 2.º trimestre de 2023), mas que aumentaram 6,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2019, totalizando 3,9 mil edifícios.
No segmento de habitação familiar, os fogos licenciados em construções novas cresceram 7,5% no terceiro trimestre de 2023 (+0,5% no 2º trimestre), enquanto os fogos concluídos aumentaram 9,9% (+11,1% no segundo trimestre de 2022).
Em relação ao segundo trimestre, o número de edifícios licenciados decresceu 8,9% (-9,0% no segundo trimestre de 2023), enquanto o número de edifícios concluídos aumentou 1,8% (+3,2% no segundo trimestre de 2023).
O instituto de estatística esclarece também que, do total de edifícios licenciados, 76,3% correspondiam a construções novas, sendo que destas, 80,7% eram destinadas à habitação familiar. .
No que respeita aos edifícios licenciados para demolição (306 edifícios) representaram 5,8% do total de edifícios licenciados no terceiro trimestre deste ano.
Madeira e Algarve a subir, Lisboa e norte do país a descer
A Região Autónoma da Madeira e o Algarve foram as únicas regiões a registar um aumento no número total de edifícios licenciados em comparação com o terceiro trimestre de 2022, apresentando acréscimos de 12,1% e 8,2%, respetivamente.
Já as maiores reduções foram observadas na Área Metropolitana de Lisboa, com uma descida de 17,6% e no norte do país, com uma diminuição de 16,3%, avança o INE.
O Instituto de Estatística dá nota ainda de que, no terceiro trimestre de 2023, se estima que tenham sido concluídos 3,9 mil edifícios em Portugal, incluindo construções novas, ampliações, alterações e reconstruções.
Este valor representa uma redução de 1,2% em relação ao terceiro trimestre de 2022, uma queda de 2,1% no segundo trimestre de 2023, embora se tenha registado um aumento de 6,5% em comparação com o terceiro trimestre de 2019.
A maioria dos edifícios concluídos, explica o INE, correspondia a construções novas (84,0%), sendo que 80,6% destas eram destinadas à habitação familiar.
Na Área Metropolitana de Lisboa e nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, observou-se um aumento no número de edifícios concluídos (+15,3%, +13,5% e +10,4%, pela mesma ordem).
Entre as regiões que apresentaram decréscimos em termos de obras concluídas, salientam-se o Algarve com uma queda de 15,2% e o Centro com uma diminuição de 11,5%.