Depois de ter visitado os serviços de registo em Monchique e Loulé, no âmbito do "Roteiro para a Justiça", o secretário de Estado da Justiça, Pedro Ferrão Tavares, disse, à Renascença, que foi um problema de infraestrutura que fez com que os trabalhadores dos Registos e Notariado ficassem impedidos de trabalhar entre a meia noite e as 15h00 de terça-feira.
"O que se tratou neste caso foi um problema tecnológico focado nos equipamentos de comunicações que teve uma avaria. Portanto foi uma avaria focada num dos equipamentos que teve que ser substituído", detalhou.
Pedro Ferrão Tavares garante que agora toda a rede da justiça está totalmente operacional e explicou porque é que os agentes da justiça não souberam da situação quando entraram no serviço: "No momento em que o problema foi identificado foi sendo solucionado e nós fomos comunicando à medida que nós também fomos tendo conhecimento desse problema".
Esta não é a primeira vez que há reclamações e os trabalhadores pedem a atualização destes sistemas.
"Uma coisa é falarmos de sistemas, que têm que evoluir. Esses sistemas estão a evoluir e queremos reforçar isso. E ao nível do que tem a ver com a infraestrutura que suporta essa tecnologia, nós temos apresentado parte do que é o programa de modernização da justiça. Um programa sustentado no Programa de Recuperação e Resiliência, que temos 210 milhões de euros para executar até 2025 nessa reforma que vai estar muito focada no ciclo de vida do cidadão e da empresa. Ou seja, os sistemas que suportam os registos estão a evoluir e vão evoluir para ser mais robustos e fáceis de utilizar", garante Pedro Ferrão Tavares.
"No que toca a equipamentos temos estado a fazer uma substituição ampla, ou seja, dos computadores individuais. O nosso objetivo é que num prazo curto, de meses, fazer essa substituição plena de equipamentos. Outra coisa são os sistemas. Os sistemas que suportam os registos demoram mais tempo porque estamos a falar de uma reforma que envolve os próximos anos e é mais longa", indicou ainda.
A Renascença tentou perceber como é que esta situação afetou os trabalhadores, mas a responsável pelo Registo Civil de Loulé não quis prestar declarações porque disse não ter autorização para tal.