Santos Silva diz que Ana Gomes não deve ter o apoio do PS
30-09-2020 - 07:20
 • Renascença

O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu que o apoio dos socialistas a um candidato a Belém deve ser definido em quatro critérios.

A posição oficial do PS deve ser tomada na próxima reunião da Comissão Nacional do partido, mas Augusto Santos Silva é claro ao dizer que Ana Gomes não deve ter o apoio dos socialistas.

“Se Ana Gomes é uma boa candidata? Sim, enriquece o debate democrático. Se é uma boa candidata para ter o apoio do Partido Socialista? Na minha opinião, não”, afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros em entrevista à TVI, onde deixou a ideia de que Marcelo Rebelo de Sousa encaixa no perfil que um candidato apoiado pelo PS deve ter.

Lembrando que o PS ainda vai tomar uma posição oficial após a reunião da Comissão Nacional, prevista para outubro, Santos Silva argumentou que o apoio dos socialistas a um candidato nesta corrida a Belém deve ser definido em quatro critérios.

Em primeiro lugar, deve ser realizada uma avaliação do mandato do atual Presidente da República.

Depois, o partido deverá também refletir sobre qual é “o entendimento” que Marcelo Rebelo de Sousa tem de um possível segundo mandato.

Um terceiro critério está relacionado com a eventualidade de Marcelo ser novamente candidato a Belém e com “o entendimento que este terá da projeção do Presidente da República como um garante do espaço democrático e da vida institucional em Portugal”.

O último aspeto, Santos Silva diz se necessário ter em conta “a consonância do PS com o seu próprio eleitorado”.

Nesta altura, existem oito pré-candidatos ao lugar de Marcelo Rebelo de Sousa, que só anunciará a sua decisão, quanto a uma recandidatura, em novembro: O deputado André Ventura (Chega), o advogado e fundador da Iniciativa Liberal Tiago Matam Gonçalves, o líder do Partido Democrático Republicano (PDR), Bruno Fialho, a eurodeputada e dirigente do BE Marisa Matias, a ex-deputada ao Parlamento Europeu e dirigente do PS Ana Gomes, Vitorino Silva (mais conhecido por Tino de Rans), o ex-militante do CDS Orlando Cruz e João Ferreira, do PCP.