As famílias continuam a tirar dinheiro da banca e os depósitos caíram mais de dois mil milhões em fevereiro.
Os dados foram avançados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, que aponta para uma redução do dinheiro depositado junto dos bancos em fevereiro, de 2,1 mil milhões de euros.
É o quarto mês consecutivo em que se regista um abrandamento nos depósitos bancários. No mesmo mês de fevereiro, as subscrições de certificados de aforro subiram 2,6 mil milhões.
Ainda pelas famílias, os empréstimos à habitação desaceleraram, pelo sétimo mês consecutivo. É uma redução de quase 250 milhões de euros, face a janeiro. A taxa de variação anual passou de 4,8%, em julho de 2022, para 2,5% em fevereiro deste ano.
Empréstimos para empresas caem pelo segundo mês
Pela primeira vez em quatro anos, as empresas apresentam dois meses consecutivos com redução dos pedidos de crédito à banca.
No final de fevereiro, o montante em dívida era de 74,5 mil milhões, menos 0,3 mil milhões do que no mês anterior.
A redução dos empréstimos é mais expressiva junto das grandes empresas e nos sectores da eletricidade, gás e água, no alojamento e restauração, nos transportes e armazenagem e nas indústrias transformadoras.
As empresas reduziram também o dinheiro depositado na banca. No final de fevereiro tinham 64,1 mil milhões de euros, menos 1,8 mil milhões do que no mês anterior.