O presidente da bancada parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, considera que o projecto de Orçamento do Estado para 2016 "baseia-se numa fezada".
O deputado popular contesta os números apresentados pelo Governo a Bruxelas, lembrando que o documento foi alvo de críticas de várias entidades, entre os quais, no plano interno, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) e o Conselho de Finanças Públicas, e, no plano externo, as agências de "rating".
Na resposta, António Costa voltou a atirar a acusação de que "alguém deu a entender a Bruxelas que medidas temporárias eram permanentes". Nuno Magalhães treplicou com o que considera ser "uma prova factual", lembrando que já em 2015 os funcionários públicos recuperaram parte do salários que perderam com os cortes.
Magalhães aludiu, depois, ao agravamento fiscal que o Governo prevê aplicar no sector dos combustíveis, questionando directamente o primeiro-ministro sobre o impacto que a medida trará para as famílias. Costa não respondeu directamente a Nuno Magalhães, tendo dito que o CDS é "o partido dos automobilistas".
Retomando a palavra e continuando na esfera automobilística, Nuno Magalhães considerou que, com o projecto de orçamento apresentado em Bruxelas, António Costa "estampou-se e o que é mais grave vai levar o país a estampar-se também".