O Republicano Jim Jordan, aliado do ex-presidente norte-americano Donald Trump e membro da ala mais conservadora do partido, retirou temporariamente a sua candidatura à presidência da Câmara dos Representantes norte-americana.
A decisão, segundo a imprensa norte-americana, surge depois de o congressista verificar que ainda não dispõe dos votos necessários para conseguir o cargo, vago desde que o Republicano Kevin McCarthy foi destituído a 3 de outubro devido a uma moção apresentada pelo radical Matt Gaetz, colega de partido.
Desde janeiro, os Republicanos têm a maioria na Câmara Baixa do Congresso, com 221 assentos, face aos 212 dos Democratas.
Jordan precisava de 217 votos para se tornar 'speaker' da Câmara dos Representantes, mas nas duas primeiras votações que ocorreram na terça e quarta-feira obteve 200 e 199 votos, respetivamente, depois de cerca de duas dezenas dos seus colegas na bancada não o terem feito apoiado.
Depois de verificar que continuava sem ter o apoio mínimo necessário, o atual presidente da Comissão Judiciária da Câmara dos Representantes decidiu não avançar hoje para uma terceira votação, apontou o jornal The Washington Post.
Em vez disso, a Câmara votará para dar mais poderes temporários ao atual líder interino, o conservador Patrick McHenry, designado por McCarthy após ter sido destituído do cargo.
Até que haja um novo 'speaker', novas resoluções ou projetos de lei não poderão ser aprovados, num momento em que os orçamentos para o atual ano fiscal devem ser fechados e em que está pendente de autorização mais ajuda para a Ucrânia ou Israel, pelo que conceder mais autoridade a McHenry preenche temporariamente essa lacuna.