Dificilmente haverá um desfecho diferente do que está toda a gente à espera. É o que pensa Fernando Meira, ex-capitão do Benfica e do Estugarda, que acaba de celebrar o regresso à Liga dos Campeões.
"Sabendo que o futebol é sujeito a surpresas, não acredito que vá haver alguma, pelo futebol que o Sporting tem vindo a praticar”, sentencia em conversa com Bola Branca. “Acho que é a equipa que, em Portugal, melhor futebol desenvolve e que mais ativos valoriza, porque o Rúben Amorim está a fazer um trabalho fenomenal, juntamente com o Hugo Viana. Também temos de dar essa ressalva, ambos estão a fazer um belo trabalho. Contrataram bem, têm estabilidade dentro da equipa e o Sporting pratica um belo futebol.”
Mesmo os rivais já reconhecem o tal desfecho com um Marquês de Pombal pintado de verde, assume Meira, de 45 anos. “Claro, isso é para dar um pouco mais de pressão para esta reta final, mas não acredito que vá haver surpresas até ao fim”, reforça.
Já sobre o Benfica, um clube que representou durante época e meia, na viragem do século, Fernando Meira assume uma temporada “aquém daquilo que era expectável”. Ou seja, depois da boa campanha na Liga dos Campeões na época passada e do mérito associado a essa prestação, Meira entende que a equipa esteve muito abaixo do que seria de esperar até naquele torneio europeu.
“Roger Schmidt foi um dos responsáveis pela bela época que o Benfica fez, principalmente na fase final e depois na bela campanha na Liga dos Campeões, mas este ano tem sido mau, tem estado muito aquém das expectativas”, reflete.
E agora, o que podemos esperar do Benfica? “Vamos ver o que nos reserva o futuro. Acredito que possam haver mudanças, quer a nível de equipa técnica, quer a nível de jogadores. Por exemplo, o Rafa vai sair. Não vai ser fácil substituir um jogador com o Rafa. Estou ansioso para ver como o Benfica se vai reestruturar.”
Então, assume que Roger Schmidt vai sair? “Não me cabe a mim responder. Para aquilo que são as intenções do Benfica e perante o que foi o investimento, acredito que haja muita desilusão no panorama benfiquista quanto ao que foi o trabalho de Roger Schmidt esta temporada. Como todos sabemos, quando as coisas correm mal, a primeira cabeça a rolar é a do treinador…”