São quase 8 milhões de euros que os partidos com assento parlamentar preveem gastar durante a campanha para as eleições legislativas. A maior fatia, tal como em 2022, é a do PS que aponta gastos superiores a dois milhões e meio. Nas últimas eleições, o mesmo conjunto de forças políticas gastou sete milhões e 293 mil euros, segundo valores divulgados pela agência Lusa, com base nos relatórios entregues na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP). Contas certas, o total é de 7.988.971 euros.
Bloco de Esquerda e PAN são os únicos que não aumentam o valor que pensam gastar na campanha, que arranca oficialmente a 25 de fevereiro, em relação a 2022, enquanto que PS e AD se distanciam dos demais, por serem os que terão gastos na ordem dos milhões de euros.
Tudo somado, o PS aponta para dois milhões e 550 mil euros: comícios e espetáculos (732.049 euros) é a maior fatia, seguida de conceção de campanha, agências de comunicação e estudos de mercado (631.787), e estruturas, cartazes e telas (473.677). Em 2022, o orçamento socialista apontava para dois milhões e 450 mil euros. Em termos de receita, estimam arrecadar o equivalente, proveniente da subvenção estatal.
A coligação Aliança Democrática prevê gastar dois milhões e 500 mil euros, um valor que é quase a soma dos gastos do PSD e do CDS em 2022 (um milhão e 950 mil euros, e 230 mil euros, respetivamente). Neste caso, é parte de conceção de campanha, agências de comunicação e estudos de mercado (750 mil) que representa o maior gasto, seguindo-se propaganda, comunicação impressa e digital (535 mil) e custos administrativos e operacionais (435 mil).
Também a AD prevê gerar receitas, mas, ao contrário do PS, não chegam apenas da subvenção estatal (dois milhões e 150 mil). Há também uma previsão de 275 mil euros da contribuição de partidos políticos e 75 mil da angariação de fundos.
A CDU, a coligação do PCP e do PEV, tem uma previsão de gastos na ordem dos 785 mil euros, um aumento de mais 90 mil euros em relação às legislativas passadas. Nas receitas, há 540 mil que chegam da subvenção estatal, 235 mil da contribuição de partidos políticos e dez mil da angariação de fundos.
A conta do Chega é de 700 mil euros (em 2022 rondou os 500 mil), o mesmo valor calculado para a receita: 300 mil de subvenção estatal e 400 mil da contribuição de partidos políticos.
A subir estão também os gastos estimados da Iniciativa Liberal: 645 mil euros que contrastam com os 385 mil de 2022.
Com o valor dos custos a descer há apenas dois partidos: Bloco de Esquerda fez uma previsão de 508 mil euros (foram 610 mil nas últimas legislativas) e PAN que desce de 228 mil euros para 204 mil.
O valor mais pequeno é o do Livre, embora represente uma subida face a 2022: a despesa prevista é de 95 mil euros, quando em 2022 os gastos previstos rondavam os 48 mil euros.