O ministro da Administração Interna rejeitou que os protestos dos elementos das forças de segurança durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) prejudiquem a segurança do evento e garantiu "condições de dignidade" para os polícias envolvidos.
"Nós temos todas as forças de segurança mobilizadas e motivadas por parte da Direção Nacional da PSP. Vamos ter, como foi ontem [segunda-feira] afirmado pelo diretor nacional, cerca de 10.000 polícias mobilizados", respondeu José Luís Carneiro, questionado sobre os protestos da PSP, GNR, SEF, Polícia Marítima, ASAE e guardas prisionais na primeira semana de agosto.
As organizações representativas das forças de segurança anunciaram há uma semana "ações de luta fora do normal" durante a JMJ para pressionar o Governo a aceitar as reivindicações feitas, nomeadamente aumento de vencimentos, descontos para subsistemas de saúde e condições de serviço.
Na segunda-feira, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia demonstrou preocupação com a perda de direitos e com segurança em vários locais do país com a mobilização de polícias para Lisboa.
O ministro considerou que estão salvaguardadas "todas as condições de dignidade" dos polícias envolvidos na Jornada Mundial da Juventude, "nomeadamente as condições de remuneração do seu trabalho excecional, as condições de alojamento, as condições de alimentação".
"A Direção Nacional da PSP tudo procurou fazer, em articulação com o coordenador de segurança da JMJ, o embaixador Paulo Vizeu Pinheiro, e também com a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, para proporcionarmos todas as condições [...] nesse período de especial exigência", completou.
Contudo, José Luís Carneiro não detalhou questões como o alojamento dos profissionais envolvidos no evento católico.
Sobre as reivindicações de sindicatos e associações dos profissionais das forças de segurança, o governante socialista recordou que este ano e até 2026 os polícias terão um aumento nos vencimentos e que estão a ser feitos investimentos, por exemplo, no alojamento.