O eurodeputado Álvaro Amaro vai renunciar ao seu cargo no Parlamento Europeu depois de ter sido condenado esta quinta-feira no caso das parcerias público-privadas pelo Tribunal da Guarda. No seu lugar vai ficar Carlos Coelho, que já tinha sido eurodeputado pelo PSD, sabe a Renascença.
Num comunicado enviado à Renascença, Álvaro Amaro explica os motivos que o levam a abandonar Bruxelas: "Se bem que o Tribunal tenha entendido não me aplicar a sanção acessória de inibição do meu mandato como deputado do Parlamento Europeu, tomei eu próprio a decisão de renunciar a esse mandato, preservando a instituição e o partido pelo qual fui eleito, e não perturbando o normal funcionamento e o trabalho político de ambos".
Álvaro Amaro diz estar de "consciência totalmente tranquila", reafirma a sua inocência e reitera que vai recorrer: "sei que não cometi qualquer crime e que sempre exerci as minhas funções no estrito respeito pela Lei(...). Irei, por isso, recorrer da sentença para procurar repor a verdade e reparar a minha honorabilidade pessoal e política", pode ler-se num comunicado assinado pelo próprio.
Sai Álvaro Amaro, entra Carlos Coelho
Para o lugar que fica vago entra Carlos Coelho, que já tem várias passagens pelo Parlamento Europeu no currículo. Atualmente é o diretor da Universidade de Verão do PSD, que decorre todos os anos em Castelo de Vide. Foi deputado na Assembleia da República em cinco legislaturas diferentes, sendo que a primeira vez que entrou para o Parlamento foi em 1980, aos 19 anos.
Estreou-se no Parlamento Europeu em 1994 e com períodos de interrupção, saiu pela última vez em 2019.