​Guardas alertam nova ministra para “catástrofe” iminente nas prisões
30-03-2024 - 01:21
 • Alexandre Abrantes Neves , com redação

Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional vai solicitar uma reunião com Rita Júdice já no mês de abril.

Os guardas prisionais querem ser ouvidos pela nova ministra da Justiça, Rita Júdice, até ao final de abril.

À Renascença, Frederico Morais, dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), diz que são necessárias medidas urgentes para valorizar a classe e dá exemplos do que diz ser uma “catástrofe” prestes a acontecer nas prisões.

“Pelo menos, tem que nos ouvir até ao final de abril, para expormos os problemas e para eles começarem a trabalhar. É muito urgente. Na semana passada, houve uma tentativa de homicídio de um guarda prisional na cadeia de Monsanto e nós precisamos seriamente que resolvam este problema”, afirma o sindicalista.

Frederico Morais alerta que, se o novo Governo não atuar “com rapidez e nos sítios certos”, poderá acontecer “uma catástrofe no sistema prisional português”.

“Estamos a tentar evitar uma catástrofe, mas precisamos que nos ouçam, que resolvam. Não é só dizer na campanha eleitoral que vão fazer, é agora, é altura de fazer. Estamos cá para os ajudar também para resolver”, sublinha o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.

Rita Júdice é a ministra da Justiça do XXIV Governo Constitucional, que vai tomar posse na próxima terça-feira, 2 de abril.

Tem 50 anos e é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa. Uma das principais missões da nova ministra será pacificar o setor.