O Presidente norte-americano, Joe Biden, garantiu este sábado que os Estados Unidos estão ao lado de Israel perante os "ataques terroristas" do movimento islâmico Hamas e que o apoio à segurança israelita "é sólido e inabalável".
"Os EUA estão ao lado do povo de Israel diante desses ataques terroristas. Israel tem o direito de se defender e ao seu povo, ponto final. Nunca há uma justificação para ataques terroristas e o apoio da minha administração à segurança de Israel é sólido e inabalável", disse Biden, na Casa Branca, citado pela agência Associated Press (AP), acerca do que transmitiu num telefonema com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
O Presidente norte-americano também alertou os inimigos de Israel de que "este não é o momento para qualquer parte hostil a Israel explorar estes ataques para obter vantagens".
Biden disse que manteria contacto próximo com Netanyahu e ligou para o rei Abdullah II, da Jordânia, e membros do Congresso para discutir a situação.
O Presidente instruiu a sua equipa para manter contactos com a Autoridade Nacional Palestiniana, Egito, Turquia, Qatar, Arábia Saudita, Omã, Emirados Árabes Unidos e seus aliados europeus.
O secretário de Estado, Antony Blinken, esteve na Casa Branca para reuniões e conversou com o Presidente e o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, enquanto o secretário da Defesa, Lloyd Austin, conversou com o ministro da Defesa de Israel.
O chefe do Pentágono disse que os EUA estão empenhados em ajudar Israel a "proteger os civis da violência indiscriminada e do terrorismo" e com as suas necessidades de defesa.
A incursão sem precedentes do Hamas, que Biden observou ter ocorrido pouco depois do 'Yom Kippur', o dia mais sagrado do calendário judaico, foi o ataque que mais mortes causou em Israel em anos e ameaça transformar-se num conflito mais amplo.
Israel retaliou com ataques aéreos em Gaza. "Estamos em guerra", disse Netanyahu, em resposta aos ataques do movimento palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.
Joe Biden considerou que o povo de Israel esteve "sob ataque orquestrado por uma organização terrorista" e reafirmou "que os Estados Unidos estão ao lado de Israel" e "nunca deixarão de" apoiá-lo, garantindo "a ajuda de que os seus cidadãos precisam e para que possam continuar a defender-se".
"O mundo viu imagens terríveis - milhares de foguetes caindo no espaço de horas sobre cidades de Israel" e o Hamas matou não apenas soldados israelitas, mas também civis israelitas - "nas ruas, em suas casas, pessoas inocentes assassinadas e feridas, famílias inteiras feitas reféns pelo Hamas poucos dias depois de Israel ter celebrado o dia mais sagrado do calendário judaico. É injusto", apontou.
O Presidente norte-americano considerou que é "de partir o coração" ver a vida de tantas famílias israelitas "destruídas" e garantiu que, tal como a primeira-dama, Jill Biden, reza por elas.
"Não se engane, os Estados Unidos apoiam o Estado de Israel. Temos feito isso desde que nos tornámos a primeira nação a reconhecer Israel, há 75 anos, apenas 11 minutos após a sua fundação", concluiu o Biden.
As hostilidades desferiram um golpe significativo nos esforços dos EUA para expandir os Acordos de Abraão, fomentados pela administração de Donald Trump -- que levaram ao estabelecimento das relações oficiais com Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos, em 2020.
Blinken planeava uma viagem ao Médio Oriente, com escalas em Israel e na Arábia Saudita, no final deste mês, mas esses planos estão agora suspensos, de acordo com várias fontes das autoridades dos EUA, que falaram à Associated Press sob condição de anonimato.