O dia depois do pior atentado da história moderna do Egipto está a ser marcado por retaliações por parte do Estado e actos de solidariedade por parte dos egípcios comuns para com as vítimas.
As forças militares do Egipto levaram a cabo ataques aéreos contra militantes islâmicos, considerados responsáveis pelo ataque a uma mesquita na região do Sinai frequentada por muçulmanos sufis, considerados heréticos pelos extremistas sunitas que compõem organizações terroristas como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda.
“A força aérea eliminou, ao longo das últimas horas, várias bases utilizadas por elementos terroristas”, disse um porta-voz das forças armadas.
No resto do país, e internacionalmente, foram muitas as mostras de solidariedade para com os mortos pelo ataque de ontem, 305 segundo a mais recente actualização, feita este sábado de manhã pelo Governo. A mesma fonte disse que os terroristas que levaram a cabo o ataque eram entre 25 e 30. Abriram fogo sobre a multidão reunida na mesquita e até atacaram ambulâncias que vieram socorrer os feridos, segundo testemunhas.
Às 12h locais todas as igrejas do Egipto tocaram os seus sinos, em memória das vítimas. Os coptas, como são conhecidos os cristãos do Egipto, são frequentemente vítimas de atentados semelhantes por parte de extremistas islâmicos.
Muitos líderes internacionais, incluindo o Papa Francisco, Donald Trump e António Guterres, condenaram expressamente o atentado de sexta-feira.