O incêndio que está a lavrar na zona da Serra da Estrela obrigou, na última hora à retirada de 26 pessoas das suas casas em Verdelhos, na Covilhã, devido à ameaça das chamas.
“Ao meio-dia, pensávamos estar outra vez controlado, mas contornou uma área mais para norte de Verdelhos, portanto, reacendeu uma outra frente. Neste momento está muito perigosa, em avanço em direção ao casario do aglomerado urbano”, assegura, à Renascença, José Reis, vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã.
Segundo o Comando Distrital de Operações de Castelo Branco, o incêndio continua por dominar e, ao início da tarde, os bombeiros foram mesmo confrontados com um reacendimento.
“Estamos agora a atacar nessa frente, mas infelizmente está-nos a surpreender de novo este incêndio e temos todos os meios a atuar”, garante o autarca.
Naturalmente preocupada, José Reis quer, contudo, passar uma mensagem “de solidariedade para as populações”, para que “tenham confiança”.
“Tudo faremos, e está a ser feito, para minimizar os riscos das pessoas, dos seus bens e da segurança total”, sublinha.
O incêndio deflagrou às 3h18 de sábado, na localidade de Garrocho, freguesia de Cantar-Galo e Vila do Carvalho, no concelho da Covilhã (Castelo Branco), e alastrou para Manteigas, no distrito da Guarda.
Na segunda-feira, o presidente da Câmara de Manteigas, disse que o incêndio consumiu mais de mil hectares do seu concelho, que fica em pleno Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE).
Já o autarca da Covilhã, estima que até ao momento, a área ardida ronde os três mil hectares.
Segundo a informação disponibilizada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio estava a ser combatido por 670 operacionais, apoiados por 204 viaturas e 10 meios aéreos.
A Estrada Nacional (EN) 338, que faz a ligação entre Piornos e Manteigas, continua com o trânsito condicionado à circulação de veículos ligeiros.