O primeiro-ministro admitiu, esta sexta-feira, que se continuar no cargo após outubro pretende baixar IRS através de novos desdobramentos dos escalões.

Durante uma entrevista à rádio "Observador", António Costa garantiu que pretende “prosseguir a trajetória de redução da tributação sobre o trabalho”, avançando com “a eliminação da sobretaxa e novos escalões para melhorar a progressividade”.

O governante disse que “a redução será maior quanto maior o número de filhos e não em função do rendimento das famílias”.

“Vamos ter medidas que vão ter impactos concretos” na vida das pessoas, afirmou secretário-geral do PS que este fim-de-semana apresenta o programa eleitoral para as legislativas de outubro.

E as PPP na saúde?

Na mesma entrevista, António Costa disse que não tenciona proibir as Parcerias Público Privadas (PPP) na nova Lei de Bases da Saúde.

"Particularmente não tenho particular entusiasmo pela ideia das PPP", admite o governante, mas há que reconhecer: o que interessa é garantir a boa gestão da Saúde.

"Nunca encontrei evidência de que a gestão privada era necessariamente má", sublinha.

E o familygate?

António garantiu ter em atenção as nomeações políticas de familiares na criação das listas do PS para as eleições legislativas de outubro.

Apesar disto, o primeiro ministro admitiu que as relações entre políticos não são anormais. “Só nos filmes é que as pessoas se encontram nas prateleiras do supermercado e há amor à primeira vista”.

E um futuro comissário europeu?

Sobre um futuro comissário europeu, Costa confirmou que o cabeça de lista do PS às europeias, Pedro Marques, é um “excelente nome” para o cargo.

O líder do executivo apontou, ainda, os fundos europeus e o orçamento como as duas áreas preferenciais para as pastas a atribuir.

"“Pedro Marques é seguramente um excelente nome e para algumas dessas funções é seguramente a melhor pessoa para as desempenhar”, assegurou.

[Notícia atualizada às 11h30 com declarações sobre familygate e comissário europeu]