O protesto dos enfermeiros entra esta quarta-feira no quarto dia. Neste dia, a greve realiza-se nos turnos da noite, manhã e tarde exclusivamente em todos os serviços das instituições hospitalares, com exceção dos blocos operatórios e da cirurgia do ambulatório.
Os enfermeiros exigem ao Governo uma nova proposta de revisão das carreiras.
Segundo os sindicatos, na terça-feira o protesto teve uma adesão superior a 60%. Na semana passada, os níveis de adesão situaram-se entre os 70% e os 80%. Centenas de cirurgias tiveram de ser adiadas.
A greve teve início no dia 10 e prossegue nos dias 18 e 19 de outubro. Termina na sexta-feira com uma manifestação frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa.
Esta paralisação de seis dias intercalados foi convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, pelo Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira, pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal e Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros.
Os sindicatos exigem a revisão da carreira de enfermagem, a definição das condições de acesso às categorias, a grelha salarial, os princípios do sistema de avaliação do desempenho, do regime e organização do tempo de trabalho e as condições e critérios aplicáveis aos concursos.
Os enfermeiros reivindicam ainda “a valorização económica do trabalho” e a sua dignificação, nomeadamente com o reconhecimento da categoria de enfermeiro especialista e uma categoria na área da gestão, “o reconhecimento da penosidade da profissão”, através da compensação de quem trabalha por turnos, e a reposição dos critérios para a aposentação 35 anos de serviço e 57 de idade.