Paula Brito e Costa suspensa da Raríssimas
20-12-2017 - 18:42

Foi instaurado um "procedimento prévio de inquérito" à actuação da antiga presidente, que mantém o cargo de directora-geral da Casa dos Marcos.

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A direcção da associação Raríssimas anunciou esta quarta-feira a suspensão preventiva de Paula Brito e Costa por um período de 30 dias.

“Tendo em consideração os indícios que recentemente se tornaram públicos e que poderão constituir, entre outros, um ilícito laboral, a diecção da Raríssimas deliberou instaurar um procedimento prévio de inquérito para investigar a alegada violação dos direitos de sigilo, obediência e lealdade para com o empregador por parte de Paula Cristina de Brito Cardoso da Costa", refere um comunicado da direcção da associação que ajuda pessoas deficientes e com doenças raras.

Foi também instaurado um "procedimento prévio de inquérito" à actuação da antiga presidente, que mantém o cargo de directora-geral.

Devido ao risco de "perturbação do inquérito" ficou decidido que Paula Brito e Costa fica suspensa durante um período de um mês.

“Considerando que a presença da ex-presidente no local de trabalho pode ser susceptível de perturbar as averiguações do processo de inquérito, foi decidido, nos termos do nº 2 do artigo 354 do Código do Trabalho, proceder à suspensão preventiva, por 30 dias, com efeitos imediatos.”

Paula Brito e Costa regressou esta quarta-feira ao trabalho na Casa dos Marcos, que pertence à associação Raríssimas.

Chegou da parte da manhã e deixou as instalações de carro, pelas 17h15, acompanhada pelo marido, que escondeu completamente a cara com o capuz de um casaco.

Logo a seguir saiu outro carro conduzido pelo segurança com o qual Paula Brito e Costa se apresentou na Casa dos Marcos pela primeira vez depois de ter pedido a demissão, no dia 13, na sequência de uma reportagem da TVI sobre alegada gestão danosa.

A investigação da TVI mostrou documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente de Paula Brito e Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro para diversos gastos pessoais.

O caso já provocou a demissão do secretário de Estado da saúde Manuel Delgado, que em 2013 e 2014 foi consultor da Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.