Fernando Santos admite, em entrevista ao jornal "O Jogo", que voltaria atrás na decisão de levar jogadores do Sporting ao Mundial 2018. Em causa o facto de os atletas se terem apresentado numa situação mais fragilizada, depois da invasão à Academia de Alcochete.
"Achei que levar o Rui Patrício, o William, o Bruno Fernandes, o Gelson, jogadores que tinham rescindido com o Sporting, não seria um problema. Mas, se fosse hoje não os teria levado", assume.
O selecionador nacional ressalva que não pensa desta forma devido a qualquer problema de comportamento nestes jogadores, ao nível da entrega e do trabalho. O problema, sublinha, é "quando olhamos para o resto e pensamos na cabeça deles".
"O dia a dia deles - não durante o treino, nas palestras, nas refeições - era a pensar no que lhes iria suceder a seguir. Se teriam ou não clube, no que iria suceder. E penso que isso não foi favorável", conclui.
O ataque à Academia de Alcochete aconteceu a 15 de maio de 2018, pouco antes do Mundial da Rússia. Os jogadores do Sporting chamados por Fernando Santos estavam em litígio com o clube, depois de terem rescindido contrato unilateralmente.