Mais de um mês depois de dois militares do 138.º Curso de Comandos terem sido hospitalizados, após sofrerem paragens cardiorrespiratórias, o processo de averiguações e inspeção Técnica Extraordinária aquela ação de formação militar encaminha-se para a reta final.
À Renascença o gabinete do Chefe de Estado Maior do Exército adianta que “as investigações estão a decorrer com a celeridade possível, com rigor, no sentido de garantir a salvaguarda e a máxima precisão no apuramento dos factos, estando a ser conduzidas as últimas diligências processuais, consideradas fundamentais”.
No passado dia sete de outubro o militar do Exército, que se encontrava internado no Hospital de Curry Cabral, por ter sido sujeito a intervenção cirúrgica para transplante hepático, teve alta hospitalar.
O Exército informava que “o militar que se encontra já em convalescença no seu domicílio, continuará a ser acompanhado de forma próxima, realizando consultas de seguimento clínico no Hospital de Curry Cabral, decorrentes da tipologia de intervenção a que foi sujeito”.
É precisamente a audição deste militar que falta para concluir as averiguações em curso. O Exército revela que entre as últimas diligências estão “a audição do militar que obteve recentemente alta hospitalar e a receção de relatórios médicos provenientes de Unidades de Saúde civis”.
À ministra da Defesa ainda não terão chegado informações sobre o sucedido ela que no final de setembro admitia que o inquérito urgente fosse breve e as conclusões lhe chegassem às mãos até ao final desse mês numa avaliação que pretendia precisa e rigorosa.
O Curso 138 dos comandos foi suspenso, a informação era comunicada no passado dia 10 de setembro. "Por determinação do General Chefe do Estado-Maior do Exército, encontram-se interrompidas as atividades do 138.º Curso de Comandos, até se apurarem, com brevidade, mas com a máxima precisão, as conclusões do Processo Averiguações e da Inspeção Técnica Extraordinária aquela ação de formação militar", divulgou o Gabinete do Chefe do Estado-Maior do Exército.
Segundo o Exército, um militar tinha-se sentido “indisposto" durante uma "marcha corrida de cinco quilómetros", no Regimento de Comandos da Serra da Carregueira, no distrito de Lisboa, tendo sido “prontamente assistido" por dois socorristas e uma ambulância que acompanhavam aquela atividade e encaminhado para a Unidade de Saúde do Regimento de Comandos.
Posteriormente e já na hora do jantar um outro militar sentiu-se mal tendo também recebido assistência médica, “sofreu uma interrupção súbita das funções cardíaca e respiratória", mas foi reanimado pela equipa médica no local.