Joseph Dituri, professor na Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, quebrou este fim de semana o recorde mundial de mais tempo a viver debaixo de água sem nenhum sistema de despressurização.
Dituri passou 74 dias na estação Jules Undersea Lodge, um hotel subaquático, situado a cerca de 10 metros de profundidade no Key Largo, que ao contrário de um submarino, não usa tecnologia para se ajustar ao aumento da pressão subaquática.
“O meu objetivo, desde o primeiro dia, foi inspirar as gerações vindouras, entrevistar cientistas que estudam a vida submarina e aprender como o corpo humano funciona em ambientes extremos”, revelou o professor.
O professor, também conhecido pela alcunha de“Dr. Deep Sea” (Dr. Mar Profundo), encontra-se debaixo de água desde 1 de março, mas não pretende parar tão cedo. O objetivo é atingir a marca dos 100 dias submerso, que terminará no dia 9 de junho, dia em que termina o projeto Neptune 100.
Em parceira com o Marine Resources Development Foudation, Dituri será testado e analisado para avaliar os efeitos de viver em um ambiente confinado e extremo, uma vez que o cientista suegere que o aumento da pressão tem o potencial de permitir que os humanos aumentem sua longevidade e previnam doenças associadas ao envelhecimento.
À Associated Press, o professor de 55 anos, antigo comandante da Marinha dos EUA, revelou que a experiência “não é tanto sobre o recorde”, mas sobre “incentivar a próxima geração de crianças a vir aqui, para aprender a preservar, proteger e rejuvenescer o ambiente marinho.”
Sobre o que mais sente falta da vida à superfície? Joseph admite que é o sol.
O recorde anterior de mais dias a viver debaixo de água em pressão ambiente, de 73 dias, foi estabelecido por dois professores em 2014, no mesmo local.