Com uma aparente intervenção de Donald Trump, nos bastidores, o Senado norte-americano aprovou um pacote de 88 mil milhões de euros para apoiar a Ucrânia, Israel e Taiwan.
Seja como for, esta decisão terá ainda de passar pela câmara dos representantes, onde os republicanos estão em maioria.
A decisão está ainda em aberto, num puzzle muito complexo, em que Trump também participa, explica à Renascença Azeredo Lopes, professor de Direito Internacional na Universidade Católica.
"Passou no Senado, não há garantias de que passe na Câmara de Representantes. Porquê? Porque estas medidas estavam associadas a algo que era uma reivindicação muito antiga dos republicanos: fazerem com que a administração Biden aceitasse medidas mais restritivas sobre a emigração", começa por dizer o especialista.
"A administração Biden, de repente, aceita e é Trump que, de fora, dá ordens para dizer que não quer que se aprove legislação desta. Portanto, temos uma situação extraordinária em que republicanos tinham o que queriam, mas agora já não querem. E os democratas se arriscam a conseguir aquilo que queriam, sem terem de ceder especialmente", explica Azeredo Lopes.
Assim, a grande dúvida, diz à Renascença, é aquilo que vai acontecer na Câmara dos representantes onde os Republicanos ainda continuam a ter maioria.