A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, estimou esta sexta-feira chegar ao fim do ano com 65% das rotas áreas recuperadas, mas acredita que só em 2023 as receitas voltarão aos níveis de 2019.
"Neste momento temos a perspetiva de terminar o ano com cerca de 65% das rotas aéreas já recuperadas face ao nível que conhecíamos em 2019", afirmou Ana Rita Marques, em Óbidos, acrescentando que, ainda assim, o setor do turismo "tem um largo e grande caminho a percorrer" e que "apenas em 2023 se retomará o nível de receitas turísticas que se conheciam nesse ano".
A governante, que hoje visitou o Folio, Festival Literário Internacional de Óbidos, sublinhou a "importância" deste tipo de eventos" numa altura em que, após o confinamento as pessoas demonstram uma vontade de viajar que é inata, que "faz parte da condição humana".
"É bom verificar que as pessoas, continuando a preservar e cumprir as regras sanitárias, começam a ter segurança para poder percorrer estas ruas da vila medieval de Óbidos", disse à agência Lusa, ressalvando a importância de "as câmaras municipais, as entidades municipais e supra municipais continuarem a apostar na organização destes festivais".
Portugal, acrescentou, "faz um grande esforço para mobilizar os meios para angariar e reter festivais desta natureza, mas sem o apoio municipal não seria possível" manter os eventos que contribuem "para esbater a sazonalidade e criar novos motivos de visita para além dos meses de verão".
Rita Marques falava à margem do lançamento do primeiro curso de Turismo Literário, promovido pelo Turismo de Portugal e que será ministrado na Escola de Hotelaria do Oeste, a partir de 23 de novembro.
O curso terá uma duração de 60 horas, maioritariamente lecionadas 'online', e será dividido em oito partes, com enfoque no enquadramento do turismo literário, literatura portuguesa, oferta turística literária, literatura de viagens e storytelling.
A apresentação do curso integrou a programação da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste no Folio, festival que decorre até domingo.
O festival reúne na vila 175 autores e escritores que participam em mais de 160 atividades, entre as quais 16 mesas de autor e debates, 23 concertos e 12 exposições.