A despenalização da eutanásia sem "doença fatal" foi aprovada esta quinta-feira no Parlamento.
Quatro diplomas do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda, do PAN e da Iniciativa Liberal sobre a eutanásia passam agora à fase de especialidade.
A proposta do PS passou com 128 votos a favor, 88 contra e cinco abstenções.
Votaram contra os grupos parlamentares do PCP e do Chega, 63 deputados do PSD e sete do PS.
Os projetos do Bloco de Esquerda, PAN e Iniciativa Liberal também foram aprovados.
A proposta do Chega para uma referendo sobre a despenalização da morte medicamente assistida foi rejeitada, na Assembleia da República.
Enquanto os deputados debatiam e votavam os quatro projetos de despenalização da eutanásia do PS, BE, PAN e IL e um de referendo do Chega, no exterior do Parlamento dezenas de atividades protestaram em silêncio contra a morte medicamente assistida.
Os projetos sobre a despenalização da eutanásia vão agora ser afinados na especialidade e depois seguem para Belém.
Questionado pelos jornalistas esta quinta-feira, antes da votação do Parlamento, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse apenas que vai esperar pela lei e depois decidir se promulga ou não.
“Eu já mandei para o Tribunal Constitucional uma vez; vetei outra vez. Agora, não conheço a lei, portanto, estão em aberto o caminho que venha a decidir até conhecer a lei”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em Braga.
“Eu sei que querem à força que eu diga o que é que admito e eu à força digo que vamos esperar pela lei”, acrescentou nas declarações aos jornalistas.