Se João Galamba patrocinou uma “reunião secreta” entre a presidente executiva da TAP e deputados do PS, o ministro das Infraestruturas não tem condições para continuar no cargo, defende o vice-presidente da Frente Cívica.
Em declarações à Renascença, João Paulo Batalha pede uma rápida investigação a este caso, que tem de ser liderada pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.
“Augusto Santos Silva tem de esclarecer isto imediatamente, tem que se apurar quem patrocinou esta reunião, quem esteve presente e, se de facto a iniciativa foi de João Galamba, ele não tem condições para continuar no Governo, porque seria um governante a obstruir o trabalho da Assembleia da República”, afirma o vice-presidente da Frente Cívica.
João Paulo Batalha considera que o deputado do PS, Carlos Pereira, também “não tem condições para estar na comissão parlamentar de inquérito à TAP”.
“Esteve, aparentemente, presente nessa reunião a combinar onde andou a combinar uma narrativa que não era para o esclarecimento da verdade com a CEO da TAP. Os deputados que tenham estado nessa reunião violaram o código de conduta do Parlamento e as pessoas que patrocinaram essa reunião devem ser identificadas e têm que ser responsabilizadas”, sublinha.
Nestas declarações à Renascença, João Paulo Batalha concorda com a tese de Christine Ourmières-Widener, defendida terça-feira na comissão de inquérito à TAP, de que está a ser apenas um “bode expiatório político” no caso da indemnização a Alexandra Reis.
João Paulo Batalha considera natural a intenção da CEO de avançar para os tribunais, com grande probabilidade de virem a ser os contribuintes a pagar uma indemnização choruda a Christine Ourmières-Widener.