Augusto Santos Silva. “Combato a direita e as tentativas de retirar autonomia ao PS”
26-05-2018 - 15:31
• Eunice Lourenço , Susana Madureira Martins
Número dois do Governo foi ao Congresso defender caminho do socialismo democrático e europeu.
O ministro que já disse que gosta é de “malhar na direita” veio ao Congresso do PS, que decorre este fim-de-semana na Batalha, reafirmar que gosta de “combater a direita”, mas também avisar (à esquerda) que ninguém pode limitar a liberdade do PS como “partido central.
“Combato a direita e todas as tentativas de retirar autonomia ao PS e diminuir-lhe a capacidade de se afirmar como o partido da esquerda democrática, progressista e europeísta”, disse Augusto Santos Silva, no discurso
que fez neste início de tarde de sábado na ExpoSalão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros e número dois do Governo começou por dizer que, no PS, “o debate faz-se com todos e sem qualquer exceção” e manifestou o seu apoio à moção de António Costa, que define quatro desafios
para o futuro: demografia, sociedade digital, alterações climáticas e desigualdades.
“É no quadro do socialismo democrático que devemos ir buscar as melhores respostas e é no quadro da União Europeia que elas devem vingar”, afirmou Santos Silva, defensor de um PS moderado e europeísta, muitas vezes
por oposição a Pedro Nuno Santos.
“O debate não chega, tem de ser acompanhado pelo debate”, prosseguiu Santos Silva. Se marcou a sua diferença com a esquerda à esquerda do PS pela opção europeísta e democrática, quis também deixar claro que gosta de
combater é a direita, cuja opção, disse, “é desproteger as pessoas e repor discriminações”.