O líder do PSD, Luís Montenegro, voltou esta tarde a pedir explicações ao primeiro-ministro sobre as revelações que são feitas no livro do antigo governador do Banco de Portugal, nomeadamente a alegada pressão junto de Carlos Costa para favorecer a empresária angolana Isabel dos Santos.
“Uma coisa é o que António Costa tem para dirimir com Carlos Costa nos tribunais, mas há uma questão política que não temos de esperar pela justiça e é saber se houve ou não essa intromissão”, diz o líder do PSD.
No discurso que proferiu na abertura da assembleia política do PPE, que se realiza em Lisboa, Luis Montenegro deixou ainda uma outra questão que quer ver esclarecida, relacionada com a resolução do BANIF. O líder do PSD acusa o governo de ter oferecido o banco, na sequência das diligencias que fez em Bruxelas.
“O facto de ter vindo a publico que o governo português estava a fazer essas diligências na europa fizeram com que o valor do banco diminuísse de forma abrupta e tivesse sido quase oferecido” conclui Luis Montenegro.
Sobre este caso Luis Montenegro apelou ainda às instituições europeias para que haja transparência e colaboração “ para todos sabermos a verdade”, disse Luis Montenegro.
Comissão não exige reformas a Portugal
Perante a assembleia política do Partido Popular Europeu, Luis Montenegro criticou o facto da comissão europeia não exigir, nos últimos tempos, reformas estruturais ao governo português.
“A ausência total de reformas estruturais em Portugal, ausência que as instituições europeias não têm denunciado, aliás há muito tempo que não oiço a comissão europeia estar muito preocupada com isso” acusou o líder do PSD.
Luis Montenegro deixou ainda um outro apelo, desta vez ao PPE, dizendo que partido popular europeu “não pode deixar de exigir a execução das interconexões energéticas entre a península ibérica e a França”.
"E não pode também deixar de exigir o comprimento dos compromissos assumidos em 2014 das interconexões elétricas que atravessam os Pirenéus”, apelou, ainda, Luis Montenegro.