O líder da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, em reação à promulgação do diploma sobre o novo modelo de recrutamento e concurso de professores anunciada pela Presidência da República, assegurou que não deixarão de "usar todos os meios que a lei permite às organizações sindicais", para "dar expressão" à contestação.
Mais de um mês depois, o Presidente de República promulgou o diploma sobre o concurso e colocação dos docentes, mas apelou a que se prossiga com o diálogo sobre a recuperação do tempo de serviço, uma posição aplaudida pelo líder na FNE.
"Da parte das organizações sindicais tem havido, desde sempre, para que a solução seja encontrada e que seja feita de um modo faseado, eventualmente, até ultrapassando a atual legislatura. O que é incompreensível é esta teimosia do Governo em resistir a isto. A própria sociedade e o Presidente da República reconhecem que os professores têm razão”, defende.
Em declarações à Renascença, o secretário-geral da FNE avisa que os sindicatos vão estar atentos à aplicação do novo diploma e se se justificar avançarão para a justiça.
“Se houver algum aspeto que, do ponto de vista jurídico, permita contestar, não deixaremos de recorrer aos mecanismos legais para contrariar as injustiças que nós entendemos que existem neste diploma”.
Em cima da mesa mantém-se a luta dos professores, garante João Dias da Silva, que, quando questionado sobre a possibilidade de greves aos exames, afirma que tudo é possível: “Não deixaremos de usar todos os meios que a lei permite às organizações sindicais para dar expressão à nossa contestação”.
“Não vamos desistir de continuar a fazer sentir ao Governo o nosso descontentamento e a necessidade de se alterarem políticas neste domínio”, refere.