Paulo Portas também vai sair do Parlamento. O líder do CDS, que na segunda-feira à noite anunciou que não se recandidata à presidência do partido no congresso do próximo ano, vai também renunciar ao lugar de deputado.
A decisão, ao que a Renascença sabe, foi também comunicada na segunda-feira na reunião da comissão política do CDS, onde Portas também anunciou a sua decisão de deixar a liderança. Para o ainda presidente dos centristas, não faz sentido ficar no Parlamento para ficar calado, pelo que sai para dar toda a liberdade ao próximo líder.
Em 2005, quando se demitiu da presidência do CDS na sequência da maioria absoluta de José Sócrates, Paulo Portas ficou no Parlamento. E, aí, acabou por ser uma sombra para o então líder José Ribeiro e Castro, que não era deputado.
Como manteve o lugar em São Bento, em 2007, quando voltou à liderança do CDS, Paulo Portas continuava a ser deputado e a estar no palco político privilegiado para os seus combates com o então primeiro-ministro José Sócrates.
O congresso do CDS que vai eleger o sucessor de Paulo Portas deve ter lugar só em Abril. A data será agendada pelo conselho nacional do partido, que tem reunião marcada dia 7 de Janeiro. A hipótese mais provável é o fim-de-semana de 16 e 17 de Abril, duas semanas depois do congresso do PSD.