O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Revel, Vila Pouca de Aguiar, e que “ganhou intensidade” durante a manhã desta quinta-feira, mantém “frentes ativas”, mas registava, às 14h00, um “afrouxamento”, segundo o coordenador municipal da Proteção Civil.
“As frentes continuam ativas, houve algum afrouxamento, entretanto, mas é tudo muito imprevisível face à meteorologia, sobretudo por causa do vento”, indicou à Renascença Duarte Marques.
O responsável acrescenta que a prioridade é “extinguir as frentes que estão na direção da zona de Jales”, contudo, assegura que, por agora, “não temos aldeias em risco, verificando-se até algum distanciamento”.
Com o combate a decorrer favoravelmente, no terreno permaneciam pelas 14h, de acordo com a Autoridade de Emergência e Proteção Civil, 361 operacionais, apoiados por 112 veículos e quatro meios aéreos.
O principal problema está nos acessos difíceis e acidentados que dificultam o trabalho dos bombeiros e, com o decorrer da tarde, atendendo à previsão meteorológica, o aumento da intensidade do vento e a subida dos termómetros, podem, de um momento para o outro, alterar o cenário.
Recorde-se que o alerta para o fogo foi dado às 17h14 de quarta-feira e, em pouco tempo, verificou-se uma grande mobilização de meios para esta ocorrência que teve, logo no início, uma progressão muito rápida em zona de pinhal.
Ao final da tarde de ontem, o fogo aproximou-se da aldeia de Filhagosa, sem provocar danos, tendo sido combatido por operacionais apoiados por meios aéreos, bem como por populares.
Este é o segundo grande incêndio numa semana neste concelho. O fogo que deflagrou no dia 17 de julho, em Cortinhas, Murça, evoluiu para Vila Pouca de Aguiar e queimou uma vasta área de pinhal e mato, soutos, vinha e pastos.