​Refugiados: Europa mexe-se, mas de forma desordenada
10-02-2016 - 12:14

Aqui e ali, a Europa vai tentando ajudar os refugiados que tentam fugir à guerra na Síria, mas são acções pontuais e sem coordenação institucional. Entretanto, ainda a propósito do Orçamento português para este ano, a Comissão Europeia e Portugal continuam separados por medidas adicionais que valem 155 milhões de euros.

“Alemanha paga propinas de refugiados em Portugal” é manchete do “Diário Económico”. Portugal está a preparar um protocolo com a Alemanha para que dois mil refugiados sírios estudem em universidades e politécnicos nacionais. Berlim paga as propinas que podem chegar a 7 mil euros anuais.

O “Económico” conta, ainda, que a “Plataforma de Apoio aos Refugiados está a equacionar apoiar com roupas, bens alimentares e até recolher financiamento para as instituições que estão a dar a primeira ajuda aos refugiados que chegam à Grécia todos os dias”.

O “Correio da Manhã” entrevista o embaixador da Dinamarca em Portugal a propósito da nova lei da imigração no seu país, que força alguns refugiados a financiar o seu próprio abrigo. Michael Suhr diz que “as respostas da União Europeia não são suficientes pelo que a Dinamarca tinha de actuar” e adianta que “Este ano a Dinamarca vai receber mais 20% de refugiados, cerca de 25 mil pessoas, seria o mesmo que a Europa receber em 2016 mais de dois milhões de refugiados”.

“Donald Tusk acusa Rússia de ajudar o regime assassino de Assad” – o título está no “Público” que conta que “O presidente do Conselho Europeu endurece posição da União Europeia, depois de a Chanceler alemã ter dito que está horrorizada com ofensiva contra a cidade síria de Aleppo”.

No “Diário de Notícias”: “Eurogrupo debate Orçamento do Estado português amanhã” mas segundo o “DN” “os ministros das Finanças vão apenas emitir uma curta declaração sobre Portugal”. E no “i” “Comissão Europeia e Portugal continuam separados por medidas adicionais que valem 155 milhões de euros”. O “Jornal de Negócios” diz que o “Eurogrupo pede a Centeno poupança de mais de 155 milhões”. “Os ministros das finanças do euro reúnem-se amanhã e vão pedir medidas adicionais a Portugal”.

Ainda no “Negócios”: “Socialistas espanhóis querem negociar défice com Bruxelas”. O partido de Pedro Sanchez – que está à procura de apoio para um executivo para os próximos quatro anos – apresentou as balizas para essa negociação em que se antevêem duras negociações com Bruxelas para alterar os limites à dívida e ao défice. É um assunto em destaque também no espanhol “El País” que adianta que o ainda presidente do governo Mariano Rajoy acredita numa coligação entre PP, PSOE e Ciudadanos: na base deste acordo está a manutenção da política económica e dos compromissos europeus.

O “El Mundo” fala da recente visita da Chanceler alemã à Turquia. Diz que Angela Merkel chegou a acordo com as autoridades de Ancara para pedir a colaboração da NATO na vigilância das fronteiras de forma a evitar entrada irregular de refugiados na Europa.

O francês “Le Monde” diz que a União Europeia está a estudar a possibilidade de “devolver” à Turquia os refugiados que passaram por aquele país. A proposta é da Grécia que quer que a Turquia seja considerado um país 3º seguro. Um termo que aparece no direito europeu e permite recusar os pedidos de pedidos de asilo de pessoas que passaram por tal país.