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O presidente do PSD afirmou esta terça-feira que o Governo estima que as necessidades adicionais de financiamento vão atingir os 13 mil milhões de euros até ao final do ano, com o PIB a cair 7%.
Rui Rio avançou com estas estimativas no final de uma reunião de duas horas e meia com o primeiro-ministro, em São Bento, sobre o Orçamento Suplementar e sobre o Programa de Estabilização Económico e Social, diplomas que o Governo pretende entregar em junho na Assembleia da República.
"Aquilo que nos foi transmitido é que o Produto Interno Bruto (PIB) terá uma queda em termos reais de 7%, o que é muito. Será 7% se nós medirmos por aquilo que foi o PIB de 2019. Ora, com esta queda, todos os indicadores que se referenciam ao PIB vão ser piores do que é dito", advertiu o líder social-democrata.
Perante a queda do PIB nesta dimensão em 2020, Rui Rio adiantou que o financiamento adicional exigível pelo Estado Português será "na ordem dos 13 mil milhões de euros".
"É efetivamente muito dinheiro. O Governo diz que tem uma estratégia no sentido de captar esses 13 mil milhões de euros que são precisos este ano para fazer face a toda a despesa", declarou o presidente do PSD.
Rui Rio anunciou que vai apresentar ao país propostas na área social, "provavelmente ainda esta semana, e contributos em matéria de retoma económica na próxima semana.
Perante os jornalistas, o presidente do PSD considerou fundamental a capitalização das empresas para responder à crise provocada pela pandemia de covid-19.
"É fundamental - e isso estará bem patente no documento do PSD - a existência de uma estratégia para ajudar as empresas a capitalizarem-se. Tanto quanto me foi dado a entender, o Governo também está consciente dessa limitação por parte das empresas", frisou Rui Rio.
Neste ponto, deixou mesmo um aviso ao executivo socialista: "Se não estivesse consciente dessa necessidade de capitalização das empresas, seria grave".
Interrogado se há sintonia entre o PSD e as propostas do Governo constante no futuro programa de estabilização económico e social, o líder social-democrata disse que, neste momento, tem ainda dificuldade em assumir uma perspetiva nesse plano.
"Em algumas propostas, há seguramente sintonia, até porque são demasiado óbvias. Mas, quando se começa a entrar para um campo mais estratégico - e menos de resposta imediata -, isso se terá de ver se existe sintonia", respondeu.
Pela parte do PSD, além de Rui Rio, estiveram na reunião os dirigentes sociais-democratas David Justino e Adão Silva, com o Governo a fazer-se representar por António Costa, pelos ministros de Estado Pedro Siza Vieira (Economia), Mário Centeno (Finanças) e Mariana Vieira da Silva Presidência), e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.